À procura da VERDADE sobre a eternidade
É que temos de definir Deus como Ser Omnipotente e Omnisciente - pode e
sabe tudo - Omnipresente - está em
toda a parte, Terra e Universo - Eterno
- nunca teve começo nem terá fim e Infinito
– contém tudo o existente no Espaço e no Tempo. O Homem, defini-lo-emos como ser
que aparece e desaparece no tempo, numa relação incontornável de um antes e um
depois, desaparecendo com a frustração pensada - porque ser racional - e
sentida - ai as emoções! - de se prolongar na eternidade sem saber se realmente
se prolonga…
Então, onde está a
VERDADE da vida eterna, eternidade que, consciente ou inconscientemente
ambicionamos? Diríamos que “Se Deus existe realmente, não poderia ter-nos dado
um desejo sem que ele pudesse de algum modo ou de alguma forma realizar-se.” Ou
será que apenas nos podemos perpetuar nos filhos que na Terra deixamos, Terra
que está condenada a desaparecer no turbilhão do desaparecimento do Sol, daqui
a uns cinco mil milhões de anos? Não nos impedem as distâncias de nos
prolongarmos noutros sistemas solares? Não ficariam mesmo assim -
prologando-nos nos nossos filhos, sejam eles da carne ou do espírito - os
nossos desejos novamente frustrados? Que pensarão, sentirão os nossos vindouros
que assistirem à agonia da Terra que acompanhará inexoravelmente a agonia do
Sol?
Depois, há os que não deixam nada de seu -
inúmeros! quase todos! - nesta sua efémera passagem pela Terra. Que identidade
deles permanecerá? Apenas pó? Que será feito daquela pequena ou grande
capacidade de pensar, de se emocionar perante o Belo, o Firmamento, o Mistério,
DEUS?!
É! Precisamos mesmo que Deus realmente
exista para nos dar certezas! E - repetindo-nos! - se precisamos realmente que
Ele exista, não existirá mesmo? Haverá melhor argumento do que este? Não
ultrapassará os de S. Tomás de Aquino, do Ser Perfeito e Necessário, do Motor
primeiro, da Causa primeira?
A
Bíblia!… Que grande efabulação se fez a partir da Bíblia! Que Jesus Cristo se
apresentou aos Homens como Messias, o Filho do Homem, o Filho de Deus!… Que
Igreja, que santos, que mártires, que civilização - a ocidental judaico-cristã!…
Que humanismo mas também que despotismo imperaram baseados em tais credos!…
Depois, teólogos e exegetas quiseram convencer-nos de mudanças no pensamento de DEUS!… Como se Deus fosse mutável com o Tempo e o pensamento dos Homens e que agora fosse um Deus-X para os Homens que ainda pensam que o Sol anda à volta da Terra e que o Céu é lá em cima… e, depois, um Deus-Y para os outros que vão evoluindo conforme as descobertas da Ciência!… Como tal Deus – sem dúvida, o Deus da Bíblia – se descredibiliza! Como nos parece muito mais aceitável e credível o Deus de Santo Agostinho nas Confissões quando ele ainda se questionava e questionava a Fé nas Escrituras! (Confissões, Liv.VI) ou, então, o Deus “proposto” pela Ciência: O TODO ONDE TUDO SE INTEGRA, ESPAÇO E TEMPO, tudo sendo partículas d’Ele, estando aí a nossa possível eternidade: centelha de vida que apareceu e desapareceu como individualidade, mas que permanece para sempre nessa partícula de Deus que um dia foi…
Bonito,
não é?!
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