sexta-feira, 5 de abril de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 211/?



À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. MATEUS – 7/?

– Muito também Jesus fala no Pai!: “Sejam perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito.” (Mt 5,48), “Já não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus.” (Mt 6,1), “E teu Pai que vê o escondido, recompensar-te-á.” (Mt 6,4), “O vosso Pai sabe muito bem do que precisais antes de vós Lho pedirdes.” (Mt 6,8)
Tanto que até ensina a rezar: “Deveis rezar assim: «Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal.»” (Mt 6,9-13)
E continua: “Se perdoardes (…), o vosso Pai que está no Céu também vos perdoará. Mas se não perdoardes (…), o vosso Pai também não perdoará os males que tiverdes feito. (…)” (Mt 6,14-15 e 18)
–“Pai que está no Céu”! A presença do Pai é avassaladora e… intrigante! Que Pai é este para que sejamos perfeitos como Ele? Onde é o Céu em que Ele está? E porque se escusou Jesus a mostrar o Pai aos apóstolos que tal Lhe pediram, por também eles certamente não entenderem tal Pai? Nem tal céu? Porquê?… (Jo 14,9)
Que a mensagem de Jesus apela para a perfeição no actuar humano, não há dúvida! Mas… que Pai é realmente este Pai nosso de Jesus Cristo? O Pai que vê tudo, que sabe tudo, que… perdoa se perdoarmos e não perdoa se não perdoarmos?
– É Deus, claro! É Deus!… Mas, que Deus? O Javé-Deus do A.T.? Aquele Javé tão apoucado pelos profetas, apresentando-no-Lo cheio de ódio e de ira, vingador e terrível, o Senhor-Deus dos exércitos, contra os inimigos de Israel, o único povo para quem era Deus e Senhor, ora protector ora castigador?…
– Certamente que não! Mas parece que Cristo, apesar de todo o seu poder, não pôde contradizer claramente as Escrituras… (Se o fizesse, teria sido, logo ali, contestado, morto e trucidado, antes do tempo…), afirmando categoricamente: “Não pensem que Eu vim abolir a Lei e os profetas. Não vim abolir mas dar-lhes pleno cumprimento.” (Mt 5,17), embora introduzindo, subrepticiamente, inteligentemente, alterações com o sentido louvável de caminhar para a perfeição na actuação humana…
– Então, a cada versículo da famosa oração “Pai Nosso”, poderíamos colocar uma questão: “Que Pai? Que Céus? Que Reino? Que vontade? Que céu? Que pão, se não formos nós a ganhá-lo com o suor do nosso rosto, como nos fadou o Génesis: «Comerás o pão com o suor do teu rosto!» (Gn 3,19)? Que ofensas? Que tentações? Que mal?”
E ainda outras: “Que poder tem a oração? São os Céus, é Deus que vem em auxílio de quem reza ou são as próprias palavras da oração e a Fé que incentivam mente e corpo e… o Destino - quem sabe? - a encontrar a melhor solução, a melhor saída, a ver a luz ao fundo do túnel?”
E ainda: “Porque é preciso rezar para que o seu nome seja santificado”?
E que “a sua vontade seja feita”? Que precisa Deus de nós? Que presunção a nossa pensarmos que Deus precisa que…! Mais: se rezarmos tal oração, Deus vai fazer com que o seu nome seja mais santificado e a sua vontade mais bem “feita”?!…
Realmente, parece que invertemos totalmente as coisas…, colocando Deus ali a depender de nós, da nossa oração…
Enfim: um non-sense total, este “Pai nosso” de JC!

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