À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
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– Bonita é a ideia de perdão: “Como nós perdoamos aos que
nos ofendem…” Perdoar é uma boa forma de vida, em família, na sociedade. Pena é
que tão poucos perdoem, infernizando-se a vida com divórcios, querelas, guerras,
mortes no corpo e na alma. Muitas vezes, apenas por ninharias sem importância…
– E o jejum? “Quando jejuardes, não fiqueis de cara triste,
como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto para que os Homens vejam que
jejuam. Eu vos garanto: já receberam a sua recompensa. Quando jejuares, perfuma
a cabeça e lava o rosto, para que os Homens não vejam que jejuas, mas somente o
teu Pai que está presente sem ser visto. Ele, que vê tudo o que se passa em
segredo, recompensar-te-á.” (Mt 6,16-18)
– Pois! Fazendo-se uma boa acção, justiça, esmola ou… jejum
e, sendo vistos ou elogiados pelos Homens, esse elogio será a recompensa!
Ficando apenas no conhecimento e no segredo de Deus, a recompensa é… celestial!
Mas… que recompensa? Onde? Como? Quando? Que Pai é esse que
tudo vê?
– Só pode ser no Céu. Só na outra vida. Só para além do
tempo… E então, há céu…, há outra vida…, outra vida que se não é do tempo é da
eternidade…
– Parece evidente! Só nos faltam as provas de que tal seja
verdade! Assim, a nossa vontade é, visivelmente zangados, de perguntar:
“Porquê, Jesus Cristo? Porque não nos destes essas provas? Porquê, se tinhas
assim tantas certezas, nos deixaste apenas com afirmações, bonitas mas…
totalmente gratuitas?”
– Só mais uma pergunta: “O jejum (Mt 6,16) para que serve?
Apelo à mortificação do corpo, para salvar a alma em ordem à tal vida eterna?
Condenaria Jesus o doce prazer de comer e de beber, de tanto agrado do sagrado
Eclesiastes, no A.T, e do próprio Jesus que se banqueteava com justos e
pecadores?”
Isto porque, se é para salvar a alma para a vida eterna,
poderemos jejuar todos os dias e, bem purificadinhos no corpo e na alma,
rapidamente alcançar tal vida que é realmente a que importa aos olhos de Deus…
ou não é?
E – desculpe-se-nos a ironia… - jejuando todos os dias,
talvez mais depressa morrêssemos, por míngua de alimento, e mais depressa fôssemos
para o bem-aventurado e tão almejado Reino dos Céus…
– De igual modo, o que quererá realmente Cristo dizer com:
“Não acumulem riquezas neste mundo (…). Acumulem antes riquezas no céu (…).”
(Mt 6,19)? E com: “Não podem servir a dois senhores: (…) a Deus e às riquezas.”
(Mt 6,24)?
– Até se entende… Desde que se acredite num Céu existente… E
numa vida eterna também existente… E que esta vida terrena realmente nada
interessa senão para preparar a outra, a eterna… Mas… o problema é sempre o
mesmo: faltam provas. E, sem provas, como quer Jesus que acreditemos? Aliás,
nem os judeus acreditaram nele, apesar daqueles milagres todos… (Se é que houve
milagres…)
O próximo texto terá como título "A Páscoa e o mito da ressurreição"
ResponderEliminarPara mim o que mais sobressai na sua dialética, é o que me parece uma atitude que chamaria de "arrogante" (sem ofensa). Afinal que sabemos nós? Sócrates (o filósofo) dizia: só sei que nada sei. Quanto a Jesus, Ele não só sabia o que dizia, como o fazia com uma autoridade original e tendo passado fazendo o bem, selou tudo com a sua morte e ressurreição. Que dizer ao túmulo vazio? Que dizer ao testemunho das mulheres e às aparições aos 11 e a muitos outros, durante 50 dias? E a mudança de atitude dos apóstolos? Já sei que o sr. nega gratuitamente tudo isso, mas isso é consigo. Eu hoje espero ir beijar a cruz/Cristo crucificado e lembrar-me-ei de si. Tenha uma BOA Páscoa.
ResponderEliminarObrigadíssimo, caro Cisfranco! Boa Páscoa também para si e todos os seus. Gostarei de um comentário seu ao texto que publiquei hoje: "A Páscoa e o mito da ressurreição". Mas... garanto-lhe: não quero ser arrogante; gostaria era de ter a garantia da Verdade da vida eterna. E essa...
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