segunda-feira, 15 de abril de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 213/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 9/?

– Bonita é a ideia de perdão: “Como nós perdoamos aos que nos ofendem…” Perdoar é uma boa forma de vida, em família, na sociedade. Pena é que tão poucos perdoem, infernizando-se a vida com divórcios, querelas, guerras, mortes no corpo e na alma. Muitas vezes, apenas por ninharias sem importância…
– E o jejum? “Quando jejuardes, não fiqueis de cara triste, como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto para que os Homens vejam que jejuam. Eu vos garanto: já receberam a sua recompensa. Quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os Homens não vejam que jejuas, mas somente o teu Pai que está presente sem ser visto. Ele, que vê tudo o que se passa em segredo, recompensar-te-á.” (Mt 6,16-18)
– Pois! Fazendo-se uma boa acção, justiça, esmola ou… jejum e, sendo vistos ou elogiados pelos Homens, esse elogio será a recompensa! Ficando apenas no conhecimento e no segredo de Deus, a recompensa é… celestial!
Mas… que recompensa? Onde? Como? Quando? Que Pai é esse que tudo vê?
– Só pode ser no Céu. Só na outra vida. Só para além do tempo… E então, há céu…, há outra vida…, outra vida que se não é do tempo é da eternidade…
– Parece evidente! Só nos faltam as provas de que tal seja verdade! Assim, a nossa vontade é, visivelmente zangados, de perguntar: “Porquê, Jesus Cristo? Porque não nos destes essas provas? Porquê, se tinhas assim tantas certezas, nos deixaste apenas com afirmações, bonitas mas… totalmente gratuitas?”
– Só mais uma pergunta: “O jejum (Mt 6,16) para que serve? Apelo à mortificação do corpo, para salvar a alma em ordem à tal vida eterna? Condenaria Jesus o doce prazer de comer e de beber, de tanto agrado do sagrado Eclesiastes, no A.T, e do próprio Jesus que se banqueteava com justos e pecadores?”
Isto porque, se é para salvar a alma para a vida eterna, poderemos jejuar todos os dias e, bem purificadinhos no corpo e na alma, rapidamente alcançar tal vida que é realmente a que importa aos olhos de Deus… ou não é?
E – desculpe-se-nos a ironia… - jejuando todos os dias, talvez mais depressa morrêssemos, por míngua de alimento, e mais depressa fôssemos para o bem-aventurado e tão almejado Reino dos Céus…
– De igual modo, o que quererá realmente Cristo dizer com: “Não acumulem riquezas neste mundo (…). Acumulem antes riquezas no céu (…).” (Mt 6,19)? E com: “Não podem servir a dois senhores: (…) a Deus e às riquezas.” (Mt 6,24)?
– Até se entende… Desde que se acredite num Céu existente… E numa vida eterna também existente… E que esta vida terrena realmente nada interessa senão para preparar a outra, a eterna… Mas… o problema é sempre o mesmo: faltam provas. E, sem provas, como quer Jesus que acreditemos? Aliás, nem os judeus acreditaram nele, apesar daqueles milagres todos… (Se é que houve milagres…)

3 comentários:

  1. O próximo texto terá como título "A Páscoa e o mito da ressurreição"

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  2. Para mim o que mais sobressai na sua dialética, é o que me parece uma atitude que chamaria de "arrogante" (sem ofensa). Afinal que sabemos nós? Sócrates (o filósofo) dizia: só sei que nada sei. Quanto a Jesus, Ele não só sabia o que dizia, como o fazia com uma autoridade original e tendo passado fazendo o bem, selou tudo com a sua morte e ressurreição. Que dizer ao túmulo vazio? Que dizer ao testemunho das mulheres e às aparições aos 11 e a muitos outros, durante 50 dias? E a mudança de atitude dos apóstolos? Já sei que o sr. nega gratuitamente tudo isso, mas isso é consigo. Eu hoje espero ir beijar a cruz/Cristo crucificado e lembrar-me-ei de si. Tenha uma BOA Páscoa.

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  3. Obrigadíssimo, caro Cisfranco! Boa Páscoa também para si e todos os seus. Gostarei de um comentário seu ao texto que publiquei hoje: "A Páscoa e o mito da ressurreição". Mas... garanto-lhe: não quero ser arrogante; gostaria era de ter a garantia da Verdade da vida eterna. E essa...

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