Conclusão breve e objectiva
O AT, com os seus 46 livros – nem todos (sete) tidos
por
inspirados por Deus pelos judeus – não passa de um conjunto
de pequenos
livros:
1 – Livros da Lei, o Pentateuco (cinco livros), melhor
dito,
livros das leis que a classe política e religiosa, (levitas e
sacerdotes
sempre de mão dada com o poder político),
impunham ao povo israelita.
2 – Livros históricos (dezasseis) pouco ou nada
credíveis
do ponto de vista da real história, fortemente influenciados
pela
classe político-sacerdotal.
3 – Livros sapienciais (sete), os mais interessantes
do ponto
de vista da análise existencial do ser humano, com as suas
dúvidas, os
seus anseios, o seu desejo de prazeres, sendo
o exemplar mais poético, o
“Cântico”. Livros onde pontuam
frases tão humanas e sem qualquer pinta de
divino, como:
“Aconselho que se desfrute o melhor que a vida pode
“Aconselho que se desfrute o melhor que a vida pode
proporcionar, porquanto debaixo do sol não existe nada
mais feliz para o
ser humano do que simplesmente: comer,
mulher que amas, todos os dias da tua vida” (Eclesiastes, 9-9),
ou “Não
te prives de um dia feliz, nem deixes escapar um
desejo legítimo. Acaso, não
vais deixar para os outros o fruto das
tuas fadigas? Dá e recebe e diverte-te
porque no mundo dos
mortos não há alegria.” (Eclesiástico, 14,14-16)
4 – Livros proféticos (dezoito) apresentados na
Bíblia, por
nós seguida, sem grande ordem cronológica, sendo o último –
Malaquias – dado por ter sido escrito nos meados do séc.
V aC. As ditas
profecias e ditas de inspiração divina, ninguém
sabe até que ponto foram/são ou
não profecias, como tentámos
demonstrar ao longo da análise crítica aos mesmos
livros.
Em modos de conclusão, é interessante
referir o que o “nosso”
exegeta diz, na Introdução ao exemplar da Bíblia que ele foi
comentando e nós fomos citando: “O AT é uma colecção de 46
livros onde encontramos a História de Israel (…): mostra como
surgiu, como
viveu escravo no Egipto, como possuiu uma terra,
como foi governado, quais as
relações que teve com outras nações,
como estabeleceu as suas leis e viveu a
sua religião. Apresenta os
seus costumes, a sua cultura, os seus conflitos,
derrotas e esperanças.”
O que afirma, de seguida, não importa repetir, por
desprovido de
qualquer ponta de credibilidade.
Então, é isso e apenas isso, embora os cristãos queiram
fazer da mesma
Bíblia um livro de inspiração divina e, neste AT, um anúncio ou
prenúncio do NT, onde apareceria Jesus que foi dito como o
Messias, e “feito” o
Filho de Deus, prometendo a salvação/vida eterna
a quem acreditasse nele...
Uma teoria bonita se não fosse produto da imaginação
e da fantasia
de alguns, também eles ditos inspirados…
Enfim, restam-nos as palavras prè-introdutórias à
mesma edição bíblica:
“Este é um livro de verdades absolutas, de
verdades para todas as
gerações. É o Livro da Verdade.” Palavras, obviamente
falsas ou sem
sentido. É que de Verdade da Vida eterna que procurávamos que
procurámos… NADA! Um grandíssimo NADA! Nada de
VERDADE sobre o fim último da existência humana.
Muitos dirão:
ResponderEliminarCriticando tanto a Bíblia Sagrada, roubaste-nos as únicas palavras de vida eterna que sustentavam o vazio da nossa existência a prazo!
Eu responderia:
Também eu quisera que as palavras de vida eterna soassem como manhãs claras aos meus ouvidos. Por isso, fui à procura… Ainda não as encontrei? Que hei-de fazer? Que havemos de fazer? Querem uma sugestão que não resposta? - Viver, simplesmente e… cantar e… sorrir, não querendo conquistar o mundo inteiro mas apenas aquele que nos der o prazer de sermos nós e… os outros! Depois…
No entanto, ainda dirão, indignados, vociferando: “Mas quem és tu? Quem te julgas ser? Maior do que Jesus Cristo, presunção das presunções? Não acreditou, glosou, acatou, cumpriu Jesus Cristo as Escrituras? Não é Ele a própria realização do que foi anunciado pelos profetas? Como podes vir dizer que…?”
Pronto! Não contesto, não me defendo. Fica prometido: vamos falar com… Jesus Cristo e esperemos que Ele nos dê alguma LUZ!