Como que
despedindo-nos…
- E… acabámos! Aleluia! Aleluia!
Alívio? Frustração? Total desengano ou… a tal grande
Alegria
quando nos disseram “Vamos ler o Livro da VERDADE”?
Fizemos uma escolha! Muito mais poderíamos ter dito
mas
não quisemos alongar-nos maçadoramente em citações e comentários,
quase
sempre perguntas… sem respostas. Quem pudera responder a
todas as questões, se
não todas, pelo menos a maioria pertinentes,
que fizemos ao longo destas
páginas? Quem nos poderá acusar de
má-fé e de falsos ou incompetentes exegetas
mas com a presunção
de o ser?
Não quisemos - de propósito! - embrenhar-nos em
discussões
teológicas ou de eruditos, ínfima parte não significativa da
Humanidade! Quisemos pôr-nos, como de início advertimos, na pele
de qualquer
Homem que tem de entender a VERDADE da sua
salvação eterna para que a vida
terrena tenha algum sentido, algum
objectivo de fim último. Não tem todo o
Homem direito a entender
tal verdade? Ou esse direito será apenas para os
estudiosos e
eruditos? Se tal fosse verdade, toda a justiça divina cairia por
terra e Deus aniquilar-se-ia na sua própria inverdade!
Eis-nos enfim chegados… ao fim! E neste terminar de
leituras e
formulação de questões e mais questões, já vemos, já ouvimos
coros
de vozes em protesto, em ameaça com fogos do inferno, em
anátemas de condenação
eterna, em impropérios de furiosas
excomunhões… Vindos de onde? – De tantos,
desde o princípio dos
séculos, após os primeiros textos bíblicos terem sido
escritos e tidos
por revelados: exegetas, santos que seguiram à letra profetas
e
autores sagrados, teólogos de todos os tempos, de todas as idades,
de todos
os países, judaicos, cristãos, ortodoxos, que se dedicaram
a interpretar a
Bíblia, nunca a discutindo pois, como discutir o
que é sagrado? Como discutir a
mensagem revelada? Como não
acatar a Lei de Deus?
Todos esses nos dirão - nos diriam, se pudessem! -
que a heresia tem
limites, que não temos sequer o direito de questionar o
inquestionável, mas tão somente de tentar entender o mistério que é
Deus
revelado na Bíblia, o Deus-Javé que aqui no Antigo Testamento
falou pelos
profetas, tal como rezam os judeus, tal como rezam
os crentes católicos,
ortodoxos, protestantes, todos cristãos,
irmanados num Cristo que é o fruto do
anúncio feito por Deus, pela
boca dos profetas ao longo de mais de mil anos!…
Ele, Deus, por meio de Moisés, retirara o “Seu Povo”
do Egipto,
dera-lhe uma “Terra Prometida”, Terra onde nasceria o
Rei-Salvador
de Israel e de toda a humanidade, a fazer fé nos
evangelistas, nos apóstolos,
em S. Paulo, nos santos e mártires que
deram a vida pela defesa de tal mensagem
em que acreditavam com
a força de um Divino Espírito Santo.
Mas nós teremos de responder: também nós quiséramos
que tudo isso,
tudo isto fosse a VERDADE, mas uma VERDADE incontestada,
entendida e compreendida por todos os Homens sem excepção,
para que todos
tivessem a VIDA ETERNA, que ambicionamos.
Infelizmente, não encontrámos na
Bíblia do Antigo Testamento,
tal VERDADE incontestada, a tal CERTEZA de que a
vida
eterna realmente existe, que Deus realmente existe, que a Bíblia e
a sua
mensagem são realmente reveladas e realmente divinas.
Pelo contrário, tudo nos pareceu demasiado humano,
demasiado fora
do divino, demasiado descrente num Deus que pouco mais era, foi,
será ou seria que um Deus hipotecado a um povo que “jogou” com
Ele o jogo do
gato e do rato, na dicotomia perene de prémio-castigo,
de pecado-louvor ou
sacrifício de reparação, nunca passando além de
uma relação familiar, como se
de pai feroz e filhos mal
comportados se tratasse!… De um Deus universal, de um
Deus do
Universo, nada ou… quase nada!
E então? – Então, continuamos à procura! À procura
da VERDADE.
Não para mim ou para ti ou para nós, mas para todos os Homens
de
todos os tempos de todos os lugares, da Terra, do Céu, dos
Espaços infinitos do
Universo, na universalização total de Deus que,
por sê-Lo, não pode cingir-Se a
nenhum tempo nem nenhum espaço,
muito menos a um povo num dado espaço, num dado
tempo. Iremos,
pois, à procura da VERDADE no Novo Testamento.
E os judeus? Como nos perdoarão eles este permanente, sufocante questionar da Bíblia, Bíblia de que são autores, intérpretes, vítimas, algozes, tudo padecendo, tudo gozando, por serem exactamente israelitas, “povo eleito” de Javé? É que a Bíblia do Antigo Testamento não é meiga para com este povo! Tantas vezes massacrado, destruído, tantas vezes tendo que se levantar do chão, já não falando nos cativeiros, nas derrotas-castigo de Javé pelos seus pecados, lutando com o mesmo Javé para que o livrasse dos seus inimigos sem jamais tê-lo conseguido completamente, mas também sem jamais ter desacreditado do Seu poder, Ele, o Senhor dos Exércitos!
ResponderEliminarEsta Bíblia do Antigo Testamento é realmente a história de um povo, deste povo judeu. Faz parte integrante da sua vida, da sua cultura, da sua essência! Nada mais que isso… As religiões cristãs apoderaram-se dela para fazerem a base das suas crenças, no judeu carismático Jesus a quem chamaram de Cristo, Messias, Salvador, o Ungido de Deus. Obviamente, sem qualquer credibilidade, porque sem qualquer prova que ateste a divindade seja de que humanóide for…