sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 200/?


Como que despedindo-nos…

- E… acabámos! Aleluia! Aleluia!
Alívio? Frustração? Total desengano ou… a tal grande Alegria 
quando nos disseram “Vamos ler o Livro da VERDADE”?
Fizemos uma escolha! Muito mais poderíamos ter dito mas 
não quisemos alongar-nos maçadoramente em citações e comentários, 
quase sempre perguntas… sem respostas. Quem pudera responder a 
todas as questões, se não todas, pelo menos a maioria pertinentes, 
que fizemos ao longo destas páginas? Quem nos poderá acusar de 
má-fé e de falsos ou incompetentes exegetas mas com a presunção 
de o ser?
Não quisemos - de propósito! - embrenhar-nos em discussões 
teológicas ou de eruditos, ínfima parte não significativa da 
Humanidade! Quisemos pôr-nos, como de início advertimos, na pele 
de qualquer Homem que tem de entender a VERDADE da sua 
salvação eterna para que a vida terrena tenha algum sentido, algum 
objectivo de fim último. Não tem todo o Homem direito a entender 
tal verdade? Ou esse direito será apenas para os estudiosos e 
eruditos? Se tal fosse verdade, toda a justiça divina cairia por 
terra e Deus aniquilar-se-ia na sua própria inverdade!
Eis-nos enfim chegados… ao fim! E neste terminar de leituras e 
formulação de questões e mais questões, já vemos, já ouvimos 
coros de vozes em protesto, em ameaça com fogos do inferno, em 
anátemas de condenação eterna, em impropérios de furiosas 
excomunhões… Vindos de onde? – De tantos, desde o princípio dos 
séculos, após os primeiros textos bíblicos terem sido escritos e tidos 
por revelados: exegetas, santos que seguiram à letra profetas e 
autores sagrados, teólogos de todos os tempos, de todas as idades, 
de todos os países, judaicos, cristãos, ortodoxos, que se dedicaram 
a interpretar a Bíblia, nunca a discutindo pois, como discutir o 
que é sagrado? Como discutir a mensagem revelada? Como não 
acatar a Lei de Deus?
Todos esses nos dirão - nos diriam, se pudessem! - que a heresia tem 
limites, que não temos sequer o direito de questionar o 
inquestionável, mas tão somente de tentar entender o mistério que é 
Deus revelado na Bíblia, o Deus-Javé que aqui no Antigo Testamento 
falou pelos profetas, tal como rezam os judeus, tal como rezam 
os crentes católicos, ortodoxos, protestantes, todos cristãos, 
irmanados num Cristo que é o fruto do anúncio feito por Deus, pela 
boca dos profetas ao longo de mais de mil anos!…
Ele, Deus, por meio de Moisés, retirara o “Seu Povo” do Egipto, 
dera-lhe uma “Terra Prometida”, Terra onde nasceria o 
Rei-Salvador de Israel e de toda a humanidade, a fazer fé nos 
evangelistas, nos apóstolos, em S. Paulo, nos santos e mártires que 
deram a vida pela defesa de tal mensagem em que acreditavam com 
a força de um Divino Espírito Santo.
Mas nós teremos de responder: também nós quiséramos que tudo isso, 
tudo isto fosse a VERDADE, mas uma VERDADE incontestada, 
entendida e compreendida por todos os Homens sem excepção, 
para que todos tivessem a VIDA ETERNA, que ambicionamos. 
Infelizmente, não encontrámos na Bíblia do Antigo Testamento, 
tal VERDADE incontestada, a tal CERTEZA de que a vida 
eterna realmente existe, que Deus realmente existe, que a Bíblia e 
a sua mensagem são realmente reveladas e realmente divinas.
Pelo contrário, tudo nos pareceu demasiado humano, demasiado fora 
do divino, demasiado descrente num Deus que pouco mais era, foi, 
será ou seria que um Deus hipotecado a um povo que “jogou” com 
Ele o jogo do gato e do rato, na dicotomia perene de prémio-castigo, 
de pecado-louvor ou sacrifício de reparação, nunca passando além de 
uma relação familiar, como se de pai feroz e filhos mal 
comportados se tratasse!… De um Deus universal, de um Deus do 
Universo, nada ou… quase nada!
E então? – Então, continuamos à procura! À procura da VERDADE. 
Não para mim ou para ti ou para nós, mas para todos os Homens 
de todos os tempos de todos os lugares, da Terra, do Céu, dos 
Espaços infinitos do Universo, na universalização total de Deus que, 
por sê-Lo, não pode cingir-Se a nenhum tempo nem nenhum espaço, 
muito menos a um povo num dado espaço, num dado tempo. Iremos, 
pois, à procura da VERDADE no Novo Testamento.


1 comentário:

  1. E os judeus? Como nos perdoarão eles este permanente, sufocante questionar da Bíblia, Bíblia de que são autores, intérpretes, vítimas, algozes, tudo padecendo, tudo gozando, por serem exactamente israelitas, “povo eleito” de Javé? É que a Bíblia do Antigo Testamento não é meiga para com este povo! Tantas vezes massacrado, destruído, tantas vezes tendo que se levantar do chão, já não falando nos cativeiros, nas derrotas-castigo de Javé pelos seus pecados, lutando com o mesmo Javé para que o livrasse dos seus inimigos sem jamais tê-lo conseguido completamente, mas também sem jamais ter desacreditado do Seu poder, Ele, o Senhor dos Exércitos!

    Esta Bíblia do Antigo Testamento é realmente a história de um povo, deste povo judeu. Faz parte integrante da sua vida, da sua cultura, da sua essência! Nada mais que isso… As religiões cristãs apoderaram-se dela para fazerem a base das suas crenças, no judeu carismático Jesus a quem chamaram de Cristo, Messias, Salvador, o Ungido de Deus. Obviamente, sem qualquer credibilidade, porque sem qualquer prova que ateste a divindade seja de que humanóide for…

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