O
NATAL, fenómeno histórico-religioso de sucesso
1 – Não há nenhum documento que prove que o Nascimento de Jesus foi
a 25 de Dezembro. A festa começou a ser celebrada pelos cristãos, em meados do
séc. IV, nessa altura do ano, para contraporem aos festejos em honra do
nascimento dos deuses solares, sobretudo o deus Mitra, que se celebravam no
solstício de Inverno, por todo o Império, prolongando-se por vários dias,
incluindo o dia 25.
2 – O Natal continuou a celebrar-se por todo o mundo cristão,
mais ou menos por essa data, tendo tido um grande impulso com S. Francisco de
Assis que, pela primeira vez, criou um presépio na cidade de Gréccio, Itália, em
1223.
3 – Há apenas umas décadas, o Natal ainda se celebrava com todo
o seu simbolismo, nas famílias cristãs: Missa do Galo, na noite de 24, colocação
do sapatinho junto à chaminé por onde entraria o Menino Jesus e prendinhas
colocadas pelos pais nesse sapatinho alegremente descobertas pela criançada, na
manhã seguinte, dia 25, acreditando ser prenda do Menino-Deus. Neste dia,
novamente Missa, seguida de um belo almoço em família…
4 - Entretanto, no primeiro quartel do séc. XX, chegou o Pai
Natal, figura inspirada no bispo S. Nicolau – séc. IV – que ficou conhecido por
dar esmolas aos necessitados, aproveitado por várias empresas para a sua
publicidade, em tempos natalícios, colocando-se a sua morada lá para o Polo
Norte.
5 – Este Pai Natal, com o qual veio também a árvore, fez com que
todo o misticismo natalício se perdesse. Do Menino restam as belas canções que
se vão ouvindo nos inúmeros concertos que enchem as igrejas, mas gente com
espírito mais de arte musical do que de crença no Menino-Deus.
6 – Agora, é a stressante azáfama da compra das prendas que se
irão dar – ou trocar – tanto a miúdos como a graúdos, e que aparecem colocadas
debaixo de uma pequena/grande árvore, na sala principal, havendo comezaina toda
a noite até de madrugada, só com interrupção para a entrega das tais prendas…
Mas… é mais uma festa! Oxalá que seja de paz e de reunião entre
os familiares, mesmo os desavindos por questiúnculas normalmente sem
importância.
E por isso, ALEGREMO-NOS, CANTEMOS E DANSEMOS todos! Os crentes,
porque nasceu o Deus-Menino, o Salvador, o penhor da sua salvação eterna…; os
não-crentes, porque o Natal é um hino à VIDA, esta dádiva divina ou da Natureza
a que tivemos a sorte de aceder, sem termos feito nada para a merecermos…
BOAS FESTAS E FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES!
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