À procura da VERDADE no livro dos
NÚMEROS - 3
Outra imagem de Moisés fazendo brotar água da rocha
- E que dizer daquele milagre, também de morte, que Moisés “solicita”
Outra imagem de Moisés fazendo brotar água da rocha
- E que dizer daquele milagre, também de morte, que Moisés “solicita”
a
Javé para provar que ele é o enviado? “Logo que Moisés acabou de
falar, o chão
rachou debaixo dos pés deles, a terra abriu a boca e
engoliu-os com as suas
famílias (…) e todos os seus bens. (…) Saiu
um fogo da parte de Javé e devorou
os duzentos e cinquenta homens (…)”
(Nm 16,31-35)
- Mortos e bem mortos! Pela terra que os engoliu e pelo fogo de Javé
que
os queimou!… Uma limpeza “divina”! Era preciso tanto, Javé?
- Talvez! Não esqueçamos, sorrindo, que aquele era “povo de cabeça dura”…
- No entanto, Javé continua a ordenar, a ensinar, a dar normas sobre: as
funções do chefe, as funções dos sacerdotes, os direitos dos sacerdotes, a
água
da purificação,… (Nm 17-19). Repetimos: obviamente que não era
Javé que
proclamava estas normas mas o autor, certamente da classe
sacerdotal ou a mando
desta; é que, colocando tais normas na boca de
Javé, o povo crente,
obedecia-lhes muito mais facilmente com o temor
do castigo que estava sempre
pendendo sobre as suas cabeças. Bela, mas
não menos perversa, esta invenção da
classe sacerdotal! E, se bem
analisarmos as religiões actuais e a actuação dos
seus mentores, essa
perversidade continua. Sempre o mesmo temor do castigo
divino, com o
inferno eterno como fundo… Uma inversão total dos valores
humanos!
Quando é que o Homem se convence da perversidade e falsidade das
religiões e pauta a sua actuação por valores de uma sociedade justa e
equilibrada sem medos do divino e, obviamente, também não esperando
recompensas
desse mesmo divino cuja existência nunca foi credivelmente
provada?
- Problema é quando falta a água ou a comida: “Porque nos fizeste sair do
Egipto, trazendo-nos para este lugar
deserto, onde não se pode semear, sem
figueiras, vinhas e romãzeiras e até sem
água para beber? (…) E Javé disse
a Moisés: Pega na vara e (…) ordena que a rocha faça brotar água (…)
para dar de
beber à comunidade e aos animais.” (…) E a água jorrou em
abundância. (Nm
20,5-8)
- Jorrou a água, beberam a água, eles e os animais deles, mas não se
livraram
do castigo de Javé! “Então Javé disse a Moisés e a Aarão: Já que
não acreditastes em Mim e não
reconhecestes a minha santidade na presença
dos filhos de Israel, não fareis
entrar esta comunidade na terra que lhes vou
dar.” (Nm 20,12)
- Verdade! “Aarão morreu ali no alto do monte.” (Nm 20,28) E Moisés,
por
enquanto, vai conquistando cidade após cidade, tudo consagrando ao
extermínio,
o que “significava destruir completamente tudo o que pertencia
ao inimigo;
desse modo, evitava-se nomeadamente a sedução dos cultos
cananeus.” (Nota a Nm
21,1-3, ibidem)
- Inacreditável! Moisés exterminando em nome de Javé! Que importa a
vida
dos Homens? Não importa apenas a vida do povo eleito - que nem
sempre!!! - e o
não se contaminar com cultos pagãos, afronta das afrontas a
um Javé ciumento?!
- Estranha é a história do adivinho Balaão com a sua jumenta que fala e
tem
visões divinas, “brincando” com o anjo de Javé. Origina, no entanto, uma ou
duas belas páginas de inspiração invulgar neste autor “sagrado”: (…)
“Como são belas as tuas tendas, Jacob,
e as tuas moradas, Israel!
São como vales que se estendem,
como jardins nas margens de um rio,
como árvores perfumadas
que Javé plantou,
como cedros ao longo das águas!” (Nm 24,5-6)
Mas, na nossa mente, fica o sabor amargo do sangue derramado por
Moisés,
em nome de Javé, para que os israelitas pudessem apoderar-se
daquelas terras…
Um sabor realmente ensanguentado que, passados três
mil anos, se repete
dramaticamente, hoje, não já com os judeus ou cristãos,
mas com os muçulmanos
que vão conquistando e aterrorizando o mundo,
em nome de Alá!
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