Rodeadas por uma
cidade inteira de gays que, ainda por
cima, foram
exterminados… - embriagaram Lot para com ele se unirem e assim
perpetuarem a descendência? “(…) assim, daremos descendência ao
nosso pai.” (Gn
19,32)
- E que dizer
também das confusões que Abraão engendra por causa de
sua mulher, Sarai, que, por
ser muito bonita, e por receio que o matem,
ele apresenta como sua irmã, no
Egipto, primeiro (Gn 12) e de novo ao
rei Abimelec (Gn 20), havendo logo
pretendentes a tal beleza, enviando
Deus, devido a tal “pecado”, pragas ao
Faraó e tornando estéreis
todas as mulheres de Abimelec e seus servos?
Repetimos a pergunta de
há pouco: “Porque sanciona Javé uma mentira e - pior! -
castiga, com
tamanhos castigos, a quem teve legítimos desejos de possuir uma
tal beleza, apresentada como descomprometida”?
- Estranha,
muito estranha é também aquela prova que Javé impõe
a Abraão, obrigando-o a
decidir-se a imolar o seu próprio filho Isaac,
oferecendo-o em holocausto,
salvo apenas no último momento:
“Não estendas a mão contra o menino! (…) Agora
sei que temes a
Deus (…).” (Gn 22)
- Com Abraão,
começa a verosimilhança histórica, contrapondo-se ao
“intemporal” da criação, a
um ingénuo “No princípio…”. Que pensar
desta passagem do de fora-do-tempo ao
tempo, do não-datado ao datado
da história de um povo nómada que se organiza
com os patriarcas?
- “Juro por
Mim mesmo, palavra de Javé: (…) porque não me recusaste
o teu filho único (…),
multiplicarei os teus descendentes (…) (que)
conquistarão as cidades dos teus
inimigos.” (Gn 22,16-17)
- Repetimos:
Que Deus é este que jura… e que incita à conquista das
cidades dos outros? Foi
com este Deus que Maomé aprendeu a incitar à
guerra santa os seus seguidores e
que, agora como outrora, espalham o
terror em nome de Alá e em nome do mesmo
Alá levam crentes à imolação
da vida por uma causa dita nobre, suicidando-se
com estragos nas fileiras
dos chamados inimigos?
- E que
moralidade se pode tirar do engano que Jacob e sua mãe fazem a Isaac,
seu pai,
roubando a bênção do seu irmão Esaú? (Gn 27) Ou ainda o
evitarem os israelitas
ligarem-se a mulheres estrangeiras para não
comprometerem a pureza do sangue e
da fé? (Gn 28) Racismo? Xenofobia?
Apesar do engano feito por Jacob a seu pai
Isaac, Javé diz-lhe, em sonhos:
“Eu estou contigo e proteger-te-ei para onde
quer que vás.” Ao acordar,
Jacob responde a Deus: “Se Deus estiver comigo e me
proteger (…) então
Javé será o meu Deus, (…) e eu dar-Te-ei a décima parte de
tudo o que
me deres.” (Gn 28,15-22) Será que vem desta data o cobrar o dízimo
ainda
hoje reclamado por tantas igrejas aos seus fiéis? Não é claro que Jacob
apenas devolve a Deus a décima parte daquilo que dele receber?!!!
Enfim, como entender este "comércio" com Deus, falando tu-cá, tu-lá com
Ele? Simbolismo, fantasia, sonho? - Tudo, menos a prova de um Deus
realmente Deus, o Absoluto, o Eterno, o Infinito!
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