À procura da VERDADE no livro do
Génesis - 9
- Que “liberdade” aquela de Labão ao dar, de noite, a Jacob, a sua filha
Lia - a mais velha - para que dormisse com ela, em vez de Raquel - a mais
nova - e que era a preferida de Jacob!… Razões?
“Nesta terra, não é costume que a mais nova se case antes da mais velha.
Termina esta semana de núpcias e eu te darei também a outra (…).”
(Gn 29,23-27)
- Em vez de uma… duas! Assim sempre era mais célere o bíblico “crescei
e
multiplicai-vos!” E não se ficou por ali! É que a bela Raquel continuava
estéril e disse a Jacob: “Aqui está a minha serva Bala. Une-te a ela para
que
ela dê à luz (…). Assim terei filhos por meio dela.” (…) e Jacob uniu-se
a
Bala. Bala concebeu e deu à luz um filho (…) e gerou um segundo filho (…).
E…
ainda mais!!! “Lia, vendo que não tinha mais filhos, tomou a sua serva
Zelfa e
deu-a por esposa a Jacob. Zelfa (…) gerou um filho (…) (Gn 30,1-12)
E tudo
abençoado por Deus! Não era preciso criar um povo eleito? E
é dos doze filhos
de Jacob que nascerão as doze tribos de Israel! É uma
história bem arquitectada
de um povo para um povo, estando Deus sempre
por perto, directamente ou através
dos seus anjos. (Gn 31,11-13)
- Os anjos! Quem teria “inventado” tão simpáticos seres, mensageiros de
Deus, servidores de Deus, cantadores de Deus?
- Imagina-te a imaginar o céu! Há três mil anos ou… em dias de hoje,
impregnada de toda uma cultura bíblica, romana, helénica, com todos os
seus
deuses, o seu Olimpo… Como o imaginarias? Não poderia bem ser um
Deus no seu
trono sentado, cheio de poder e majestade, servido por miríades
de anjos,
cantando em coros ou agrupados em ordem de batalha,
prontos para qualquer
guerra que se vislumbrasse no horizonte celestial?
E ainda outros pelotões,
sempre ansiando por uma ordem de Deus, a
quem chamaram arcanjos, querubins ou
potestades, por certamente
privarem de mais perto com o Altíssimo a quem
serviriam em baixelas
de ouro e platina, todas as iguarias que Lhe dariam
prazer? E não seria
uma espécie de Reino celestial, onde há um Rei e Senhor com
os seus
nobres e vassalos, plebeus e soldados e… servos da gleba, tal como
num
qualquer reino terrenal? E não teria sido exactamente uma
fértil imaginação de
algum autor “inspirado”, de há cerca de três mil
anos, que tal visão concebeu,
como nós a estamos concebendo agora?
- E Lúcifer? Porque teria sido “inventado” juntamente com todos os outros
diabos que andam por aí à solta?
- O Homem sempre teve dificuldade em compreender o MAL. As forças
do MAL
parecem mesmo existir! É de tal maneira óbvio que nós não
conseguimos
libertar-nos delas! E são dores, doenças do corpo, doenças
da alma,
perversidades, sacanices, ódios, mortandades… Como
compreender tudo isto em
emanações de Deus que são todos os
seres existentes, não sabendo nós se foram
criados ou se existem desde
sempre - tal como Deus-Criador - e apenas vão
mudando de
forma em forma, nada se produzindo realmente de novo debaixo do
Universo?
- É! Um Lúcifer, um Anti-Deus, um Príncipe das Trevas ou do Mal, um
Diabo
fazia jeito para tal explicar. Ora aí está a imaginação do nosso
autor
“inspirado” a “inventar” a solução! E não pensando sequer que Lúcifer,
a ter
sido criado por Deus, não poderia ser intrinsecamente mau, porque
senão negava
a própria essência de Deus-Criador que, por ser o Bom ou
o Bem nada de mau
poderia ter criado, fá-lo revoltar-se contra o seu
Criador, querendo ser igual
a Ele e, como Deus só há um, lá vai ele para
as profundezas do inferno que,
afinal, será ele próprio ou a visão da sua
face, tal como o céu será a visão da
face de Deus, já não sabendo nós que
fazer daquele local de fogo, onde há choro
e ranger de dentes, que é pura
linguagem metafórica, mas a que o próprio Cristo
recorreu, certamente à
falta de melhor, para fazer passar a sua mensagem de
solidariedade e
de fraternidade universais aos corações empedernidos do seu
tempo!
Talvez que com o temor do fogo do inferno…
- Os anjos! Realmente para que precisa Deus de… anjos?!!!
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