À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 55/?
– Mais uma parábola que Mateus põe na boca de Jesus para tentar
explicar o Reino de Deus: a do rei que prepara a festa de casamento do seu filho;
no dia, os convidados apresentam desculpas para não vir e alguns até maltratam os
empregados do rei que lhes anunciam que a boda está pronta. Mas há duas situações
estranhas. Primeiro - contrariando a sua própria mensagem de amor - sanciona o
“Olho por olho” dos judeus: “Agarraram os empregados, bateram-lhes e
mataram-nos. Indignado, o rei mandou as suas tropas com ordem de matarem
aqueles assassinos e de lhes incendiarem a cidade.” (Mt 22,7). Depois, não
sabemos que pensar do castigo imposto aos que entraram sem o “traje de festa”:
“Amarrai-os de pés e mãos e lançai-os para fora, na escuridão. Ali haverá choro
e ranger de dentes.” (Mt 22,13)
– Claro que os sem traje
de festa serão os pecadores não arrependidos. O resto da história é que já não
se entende. Na verdade, esta explicação - mais uma! - do que é o Reino dos Céus
ainda nos confundiu mais.
– E ainda há o “Reino” - não menos importante! - do inferno
com aquele choro e ranger de dentes…, acrescentando Jesus: “Muitos são chamados
e poucos escolhidos.” (Mt 22,14). Nesta frase, cremos que Jesus manifesta uma
certa frustração na sua missão de Salvador e Redentor do Homem, já que vinha para
salvar o que estava perdido, melhor, todos os Homens, e não uns quantos poucos…
escolhidos!
– Jesus volta a contornar outra cilada que os fariseus lhe
armaram, interrogando-O sobre o imposto romano: “Dai a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus.” (Mt 2,21) Obviamente, uma não-resposta! Não se percebe
é porque não “conseguiu” escapar, mais tarde, à morte que Lhe impuseram, mesmo
perante Pôncio Pilatos que exclama: “Nele não encontro culpa alguma. (…) Lavo
as minhas mãos do sangue deste justo.” (Mt 27,24).
Repetir-nos-íamos e voltaríamos a pedir perdão aos que por
tal se escandalizaram, se disséssemos que tal condenação parece ser “querida”,
exigida por Deus-Pai que fez Jesus ali sofrer atrozmente no corpo e na alma… Um
non-sense total!
Alma? A alma divina também poderia ter sofrido com a total
injustiça que contra o Filho de Deus estavam cometendo os chefes do povo
eleito, do povo de Javé-Deus, os chefes de Israel? – Outro mistério… e não
pequeno!
–“Na ressurreição, os homens e as mulheres serão como os
anjos do Céu. E quanto à ressurreição, (…) Deus não é Deus dos mortos mas dos
vivos.” (Mt 22,30-32)
– Que afirmações! Que palavras de vida eterna! Temos vontade
de saltar, de cantar, de dançar de alegria numa de total felicidade!
Espectacular a afirmação de uma ressurreição! Espectacular a afirmação de que
há anjos! Espectacular a afirmação de que seremos como eles! Espectacular a
afirmação de que os ressuscitados serão vivos e não mortos! E agora? Que
fazemos a tão espectaculares afirmações? Afirmações sem quaisquer provas
humanas ou… divinas? Assim, que nos adiantam as palavras de Cristo - que tão
bem soam aos nossos ouvidos! - se continuamos sem saber nem quando, nem onde,
nem como? Ah, que pena! Que pena!
Acerca dos anjos, já o dissemos: são figuras
realmente simpáticas e amorosas, mas carecem de total substrato real. Nada
prova que existam – Jesus limitou-se a afirmar a sua existência! – ficando-se pelo mundo da fantasia que é o Céu onde eles se “divertem” com Deus,
servindo-O…
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