À procura da
VERDADE nos livros Sapienciais
O ECLESIÁSTICO – 3/15
- “Meu filho, empenha-te na disciplina desde a
juventude e
adquirirás sabedoria que durará até à velhice.” (Eclo 6,18)
- Será então a disciplina de nós mesmos a base da
sabedoria?
Que seja! Mas, que acrescenta isto de divino à dimensão humana?
E
não procuramos nós a dimensão divina nestes textos “sagrados”?
E, reforçando a
ideia de que este livro não ultrapassa a dimensão
puramente humana, acrescenta
o “nosso” comentador: “Para os
antigos, a sabedoria é (…) uma aprendizagem que
provém de
várias fontes: experiência individual, experiência dos antepassados
e
anciãos, e textos religiosos antigos.” (ibidem)
- E mais e mais conselhos! Para a aprendizagem da
sabedoria
(Eclo 6,18-37), para bem viver em sociedade (Eclo 7,1-21), para a
vida em família (Eclo 7,22-28), para respeitar os sacerdotes ou os
ministros de
Deus (Eclo 7,29-31)
- Mas aqui a confusão instala-se: “Teme ao Senhor e
honra o sacerdote,
dando-lhe a parte que lhe cabe, como te foi ordenado: os
primeiros
frutos, os sacrifícios pelo pecado, a oferta das espáduas, o
sacrifício
de santificação e os primeiros frutos das coisas consagradas.” (Eclo
7,31)
- Desde todos os tempos que os bens da Igreja ou do
Templo foram
um problema. E não pequeno! Por um lado, os ministros da Igreja ou
sacerdotes precisam de comer como toda a gente e, não trabalhando ou,
melhor,
sendo o seu trabalho ocupar-se do Templo, têm que daí retirar o
seu sustento.
Depois, há as despesas de manutenção, conservação…
Impunham-se leis de
tributação. E quem melhor do que os sacerdotes
para as fazer? E assim nasceram
os dízimos, a dádiva das primícias, os
sacrifícios. E assim, nasceu a confusão
de quem dá ao Templo, a Deus
dá, devendo, por isso, escolher o melhor cordeiro, o melhor bezerro, os
dá, devendo, por isso, escolher o melhor cordeiro, o melhor bezerro, os
melhores frutos e sementes… A certeza, no entanto,
permanece: nada
se dá a Deus, em nome de
quem se recebem as primícias,
mas ao Templo, o mesmo é dizer, aos sacerdotes!
mas ao Templo, o mesmo é dizer, aos sacerdotes!
- “Em tudo o que fazes, lembra-te do teu fim e jamais pecarás.”
(Eclo 7,36)
- Certamente, a morte e, com ela, a recompensa ou castigo eternos.
Embora, não partilhemos, como real ou possível a eternidade para o ser
humano, temos pena que o pensamento da morte não nos leve a viver
o melhor possível as nossas vidas! E todos seríamos melhores e o mundo
seria o… paraíso!
- Mais conselhos ainda: para ser solidário (Eclo
7,32-35), ter prudência
e bom senso (Eclo 8,1-19), ser prudente nas relações
humanas
(Eclo 8,10-16), acautelar-se da… mulher! (Eclo 9,1-9).
- Mais um laivo de machismo, neste conselho final!
Aliás, a mulher de
- Aquele “acautelar-se da… mulher” remete para o
que se afirma logo
a seguir:
“Desvia o olhar de uma mulher bonita e não fites uma
beleza que não
te pertence. Muitos já se perderam por causa de uma bela mulher,
- O machismo - texto só para homens - ganha aqui
novo fôlego. Lá
que haja por aí muita perdição, deve ser verdade mas também não é
menos verdade que é
grande pena perder o olhar uma mulher bonita,
sendo uma quase ofensa ao
Criador, tal atitude!… Cristo também dirá,
cerca de 200 anos mais tarde:
“(…) Todo aquele
que olha para uma mulher e deseja possuí-la,
já cometeu adultério com ela no
coração.” (Mt 5,28). Mas… de Jesus
Cristo ou… com Jesus Cristo, falaremos mais
tarde. Então,
perguntar-Lhe-emos - sem malícia, claro! - como é que devemos
proceder perante todas essas beldades que enchem as passerelles,
mostrando tudo
ou quase tudo aquilo com que o Criador as prendou…
Aliás, que importa, para o
relacionamento matrimonial um adultério
virtual ou conceptual? Aqui, a religião
muçulmana reage
selvaticamente: “Apedreje-se a mulher casada que olha para
outro
homem.” Claro que o homem pode olhar para onde e para quem
quiser. Uma
discriminação intolerável aos olhos dos Homens, quanto
mais aos de Alá!...
mais aos de Alá!...
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