Por entre as celebrações das “Aparições de Fátima”, onde a Eucaristia teve lugar de destaque, sobretudo com aquele misterioso anjo fazendo de sacerdote..., houve a “Festa do Corpo de Deus”, com direito a feriado nacional, em Portugal.
E se disséssemos que a Eucaristia é mais um “engano” – ou engodo! – da Igreja, com intuitos bem definidos, para o controle das consciências dos fiéis e crédulos?!
Lendo as origens da Eucaristia descritas pelos teólogos católicos, ficamos realmente perplexos. Tudo se baseia na célebre Última Ceia de Jesus com os apóstolos e na não menos célebre frase “Fazei isto em memória de Mim”. Se a Última Ceia é referida por Mateus, Marcos e Lucas e inexplicavelmente omissa em João, tal frase não aparece nem em Marcos nem em Mateus, nem, obviamente em João, mas apenas em Lucas, este mais tardio que os dois anteriores, e também em Paulo, Cor1 11,24, dizendo Paulo ter recebido tais palavras pessoalmente do Senhor. A fórmula actual usada nas missas é uma adaptação e casamento, com pequenos retoques de linguagem, das versões de Mateus e Lucas. Então, não sendo nosso propósito, aqui e agora, embrenharmo-nos em uma mais profunda e prolongada análise que o assunto bem merecia, apenas uma dupla pergunta se impõe: “Como é possível que uma instituição-base de toda a Igreja – a Eucaristia – seja omissa em João, o grande estratega da divindade de Jesus Cristo, no seu evangelho, o participante activo na organização e desenrolar da Última Ceia, durante a qual, segundo reza a Tradição, ele reclinou a cabeça no peito do Senhor Jesus? Como é possível ainda que a frase, a qual afinal legitima a continuação da celebração – «Fazei isto em memória de Mim» – seja apenas referida por Lucas, discípulo de Paulo, e pelo próprio Paulo, ambos ausentes da cena da Última Ceia?” É pergunta que, a não ser respondida, põe em causa uma base tida como sólida para a Igreja e seus crentes, mas, afinal, não o é. Tudo, aliás, seria muito mais fácil, e sobretudo mais credível, se se aceitasse que aquele “Tomai e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós” e o “Tomai e bebei: este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados” fossem não tomados à letra mas, como é óbvio para exegetas não comprometidos, apenas e tão só em sentido metafórico. Só com muito boa vontade – vontade de crente que não raciocina e nada põe em causa daquilo que os seus “mentores” lhe dizem – se aceita que a missa – como eles dizem – é a o sacrifício de Jesus morrendo na cruz e ressuscitando ao terceiro dia, embora sacrifício incruento, sem derramamento de sangue, oferecido por Jesus ao Pai, muitas vezes, para remissão dos pecados, através do ministro sagrado, o sacerdote..., que, pela consagração, devida às sagradas palavras, Jesus passa a estar realmente presente na hóstia consagrada, no pão e no vinho, que se transformaram no seu corpo e no seu sangue..., que Jesus fica presente, nas espécies de pão e de vinho, milagrosamente com corpo, sangue, alma e divindade, já não havendo mais pão ou vinho, mas sim o seu corpo e seu sangue. Diríamos que é uma cruel violência fazer os fiéis aceitar, acreditando, que, ao receberem a hóstia e ao beberem do cálice, estão realmente a comer o corpo e a beber o sangue, em sentido real, de Jesus Cristo, cumprindo, aqui sim, as sem dúvida metafóricas palavras de João: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.” (Jo 6,53-55) Violência cruel, sobretudo para as crianças, na sua primeira comunhão!...
Olá meu grande amigo Francisco!
ResponderEliminarComo já lhe falei, comungo a 100% com sua visão! Mais uma página onde fala de toda a verdade, mas só para quem conhece bem a Biblia tal como nós!
Faz tempo que não passo pelos meus amigos da blogosféra! Hoje vim lhe ler e gostei, como sempre, de seu texto!
Se ainda não connhece, vá e companhe a minha história no meu "Transpondo Barreiras"!
Um grande abraço e uma boa noite!
Caro José Sousa,
ResponderEliminarFoi um prazer vê-lo por cá, lendo palavras que estão sempre buscando a Verdade, em nome da Ciência.
Logo que possa, lerei a sua história.
Saudações cordiais.
Caro Dr, Francisco Domingues,
ResponderEliminarDepois de ter-lhe enviado o meu e:mail, há alguns minutos, lembrei-me do pormenor importante de que estou em casa duma amiga e o meu computador não aceitou os seus dados para ligação à internet. Consequentemente, tive de recorrer ao acesso à mesma, por carregamento. Regressarei a Londres no dia 29 e, daí, terei o prazer de ler tudo o que escreveu sôbre o 'mistério' de Fátima.
Um abraço e até breve.