À procura da VERDADE no APOCALIPSE
Capítulo 6
Não há dúvida de que João quis criar,
escrevendo este seu livro, andaria pelos 90 anos de idade, um clima
generalizado de terror e medo pelo fim iminente, pela vinda do… Dia do Senhor,
do Julgamento, da Aniquilação total…, vinda em que certamente acreditava, já
que o próprio Jesus Cristo se lhe havia referido não poucas vezes. E certamente
cheio de boas intenções, para levar à conversão ao Cristianismo nascente o
maior número de cidadãos judeus e romanos. Mas…
E chegámos ao fim!
Antes de terminarmos, devemos fazer
referência aos muitos números, certamente cheios de simbologia, apresentados ao
longo destas páginas e deste Apocalipse: três, quatro, sete, dez, doze, vinte e
quatro, mil, mil duzentos e sessenta, doze mil, cento e quarenta e quatro mil…
Simbologia… símbolos… Mas… onde a REALIDADE? E porque estes números e não
outros? E que dizer da precisão de alguns deles, como os “cento e quarenta e quatro mil”?
– João vai
terminar o seu Apocalipse… E nós, a sua leitura crítica… Ele termina
arrogantemente – arrogante IGNORÂNCIA, arrogante e perversa, Santo Deus! – amaldiçoando:
– “Se alguém
acrescentar qualquer coisa a este livro, Deus vai acrescentar a essa pessoa as
pragas que aqui estão descritas. E se alguém tirar alguma palavra do livro
desta profecia, Deus vai retirar dessa pessoa a sua parte na Árvore da Vida e
na Cidade Santa, descritas neste livro.” (Ap 22,18-19)
E é uma arrogância ignorante que se
compreende, pois é ignorância que assiste a toda a Fé: a Fé não quer saber,
basta-lhe acreditar, mesmo que não haja lógica nenhuma no objecto da sua
crença. Pelo contrário: quanto menos lógica, mais Fé, refugiando-se os mentores
de todas as religiões nos… MISTÉRIOS.
Mas é, pelo menos, cobardia intelectual. O
Homem tem razão é para pensar não é para acreditar sem provas de que aquilo em
que acredita tem base cientificamente comprovada. Mas João não poderia ter tal
discernimento. Por isso, está perdoado…
– Nós terminamos
com… humildade! A humildade de quem ficou sem verdades…, sem a Verdade de Deus…,
sem a Verdade do Céu…, sem a Verdade da Vida eterna… Verdade que procurámos ao
longo destas 436 páginas e… NÃO A ENCONTRÁMOS! Que desconsolo! Que frustração! E
concluímos que Deus não poderia ter inspirado tais textos que nos deixaram assim
de mãos vazias.