sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 421/'

 

 À procura da Verdade nas Cartas de Paulo – 421/?

 Carta aos HEBREUS 1/2

 – Fala o autor desta carta - que alguns duvidam que seja de Paulo - de “cátedra”, como se possuísse toda a sabedoria acerca de Jesus Cristo. Atente-se no começo: “Deus falou-nos por meio do Filho. Constituiu-O herdeiro de todas as coisas e, por meio dele, também criou os mundos. O Filho é a irradiação da sua glória e nele Deus exprimiu-Se tal como é em Si mesmo. O Filho, pela sua palavra poderosa, é aquele que mantém o Universo. Depois de realizar a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade de Deus, nas alturas. Ele está acima dos anjos, da mesma forma que herdou um Nome muito superior ao deles.” (Hb 1,2-4)

– Ena, tanta palavra sem sentido! Tanta afirmação que tanto pode ser como não ser! Melhor: que não é com toda a certeza. Pura fantasia do autor que se sentiria inspirado pelo divino.

    E novamente o Filho com poderes que não se entendem…

    E porquê comparar o Filho de Deus aos… anjos que, se existissem, não seriam senão meras criaturas, habitantes dos reinos celestiais?

– Também, displicentemente, chama “crianças de leite” a quem não percebe tais coisas (Hb 5,13)… Ora, nós não somos crianças de leite e não percebemos tais coisas, por serem fora da razão e da lógica das coisas que conhecemos pela Ciência. Por isso, ele é que age com infantilidade ao afirmar coisas que não prova.

    Argumenta ora com as Escrituras, não poucas vezes com duvidosas interpretações, ora com a sua auto-suficiência arrogante… E mesmo que quiséssemos ser simpáticos e aceitantes de suas afirmações, não sabemos como o faríamos pois as deduções e raciocínios são totalmente ou quase totalmente falazes, por falta de provas ou de assentamento em realidades concretas e certezas absolutas… Realmente, gostaríamos de saber quantos hebreus teriam compreendido-aceitado tais palavras ex-cátedra!… Mas… vamos ao deslindar de alguns conceitos mais… mais paradigmáticos, apenas esses, para não nos alongarmos, maçadoramente…

– O apelo ao medo ou ao temor de Deus - entenda-se castigo eterno! - é constante: “Como poderemos nós escapar ao castigo?” (Hb 2,3) “Irmãos, tende cuidado para que não haja entre vós nenhum Homem de coração perverso.” (Hb 3,12) “Resta apenas uma terrível espera do julgamento e o ardor de um fogo para devorar os rebeldes.” (Hb 10,27) “Vós podereis então imaginar o castigo…” (Hb 10,29) “É terrível cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10,31)

– É! Que poderemos dizer de… tal concepção da vida? Vida terrena ou eterna?

   E... de tal Deus vivo?… Aliás, que poderemos dizer de uma religião baseada no medo e no temor de Deus e do seu castigo? Só nos lembra dizer que é uma religião anti-vida. É que viemos à Vida não para sofrer mas para usufruir de todas as belezas e prazeres que a Vida ofertou aos seres que nela tomam parte. Infelizmente, aos inventores das religiões fugiu-lhes a fantasia para o outro lado, lado que também existe: o sofrimento… Mas que são perversos ao apregoarem o sofrimento como meio de salvação, não temos dúvida.

– “Jesus, vemo-Lo agora coroado de glória e honra, por causa da morte que sofreu. Pela graça de Deus, Ele experimentou a morte em favor de todos. Deus queria conduzir para a glória um grande número de filhos. Por isso, pareceu-Lhe conveniente levar à consumação, por meio do sofrimento, o Iniciador da salvação de todos eles. (…) Pela sua própria morte, Jesus pôde destruir o poder do diabo que reina por meio da morte.” (Hb 2,9-14)

    Perceberam? - poderia o autor perguntar aos que o “ouviam”. Quantos responderiam que “Sim!”, sinceramente? – Cremos que nenhum. Pelo contrário: colocar-lhe-iam um sem-número de perguntas. Tudo o que ele acaba de dizer é pura demagogia alicerçada em preconceitos de pecado e da existência – obviamente falsa! – do Diabo.

    E quem entenderá o sofrimento de Jesus Cristo? Quem? Já o dissemos: a existir Deus, e sendo Jesus Cristo o seu Amado Filho, não há razão nenhuma, nem humana nem muito menos divina para O fazer sofrer… e de tal modo! E repetimos: dizer que o sofrimento redime e salva é uma perversa e aberrante tolice!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 420/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas de Paulo – 420/?

 Carta a TITO

  Repete-se Paulo em conselhos e em doutrina acerca da promessa da vida eterna…

– Repete também o seu machismo, dizendo: “As mulheres idosas (…) dêem bons conselhos às recém-casadas para que estas aprendam com elas a amar os seus maridos e filhos, a serem ajuizadas e castas, boas donas de casa, submissas aos seus esposos, amáveis, a fim de que a Palavra de Deus não seja difamada.” (Tt 2,3-5)

– Do mesmo modo, repete: “Os servos devem ser em tudo obedientes aos seus senhores (…) para em tudo honrar a doutrina de Deus.” (Tt 2,9-10)

– Podíamos dizer apenas que é… pena! Muita pena! No plano humano… no plano divino… Mas somos forçados a dizer mais sobre a vida eterna e sobre os escravos e as mulheres a obedecerem para que a palavra de Deus não seja difamada e seja honrada a doutrina de Deus. (Obviamente, falso porque Deus não tem nenhuma doutrina: foi inventada por homens e por estes colocada na Sua “boca”!).

    E perguntamos: como é possível Paulo falar da vida eterna sem apresentar qualquer argumento minimamente válido da sua existência? Pior: Ele afirmou-a como existente e, agora, a Igreja, obriga os crentes a acreditar que o que Paulo disse é a – vejam só o desplante! – a Verdade. E todos sabemos que a vida eterna é impossível para os humanos como para qualquer ser que aparece no Tempo, acedendo à Vida. Imperdoáveis ele, Paulo e ela, a Igreja.

    Já atrás referimos o machismo de Paulo e criticámos a sua aceitação da escravatura. Parece-nos bastante. As mulheres é que deveriam deixar de ser crentes nestas doutrinas que descredibilizam toda uma religião. Mas perguntar-nos-ão: A religião conseguirá persistir sem esta e outras doutrinas?  Sem este e outros Paulos?

E não temos resposta…

    Só mais uma nota: dizer que as mulheres obedecerem aos seus maridos e os escravos aos seus senhores é louvar a doutrina de Deus é colocar Deus em muito maus lençóis. Mas será mais uma acha na descredibilização deste Deus apregoado por Paulo e pelo Cristianismo.

 Carta a FILÉMON

 – Um caso! Certamente inédito para Paulo! Um escravo - Onésimo - rouba e foge do seu senhor, Filémon. Vai ter com Paulo e converte-se ao cristianismo. Filémon também era cristão. Paulo tenta ignorar o que ainda há pouco dissera sobre a actuação dos escravos face aos seus senhores: “Peço-te em favor de Onésimo, o ‘filho’ que eu gerei na prisão. (…) Agora tê-lo-ás não já como escravo, mas muito mais do que escravo: tê-lo-ás como irmão querido. Ele é querido para mim e sê-lo-á muito mais para ti, seja como homem, seja como cristão.” (Fm 10-16)

– Redime-se Paulo ou… não tinha alternativa perante a situação criada! Aliás, que outra coisa poderia fazer senão apelar para o amor entre irmãos?

   E a conversão do Onésimo foi sincera ou… modo fácil de salvar a pele e a… vida?

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Da Inteligência Emocional

 Ah, se o Homem fosse apenas RAZÃO!

Também não! Homem sem emoções deixaria de ser pessoa para se assemelhar a um robot.

Mas não há dúvida de que o Mundo só será um Paraíso para o Homem quando este conseguir equilibrar as duas inteligências que possui: a racional e a emocional.

Constatamos facilmente - basta analisar o que se passa dentro do próprio indivíduo, depois, restritamente, entre indivíduos  ou, mais latamente, num país ou ainda a nível do mundo inteiro - que o Homem age por impulsos, emoções, sentimentos, raivas, ódios, desejos, paixões..., ítens todos pertencentes ao domínio do EMOCIONAL.

Há suicídios e sofrimentos psicológicos porque o indivíduo não consegue controlar as suas emoções; há lutas e violência doméstica porque os casais, filhos, e familiares não conseguem controlar as suas emoções; há lutas nas fábricas e locais de trabalho porque os trabalhadores e patrões não conseguem controlar-se emocionalmente; há guerras entre países, sejam políticas, sociais, ou comerciais porque os dirigentes dos países e suas empresas se deixam levar pelo desejo do poder, do possuir, do aniquilar o seu vizinho e roubar-lhe gentes e territórios...

É a História do Homem! Todo o seu passado - e o seu presente! - bem analisados, resumem-se a isso: sempre a contínua tentativa de um Homem subjugar o outro Homem, matando-o, massacrando-o, roubando-o, escravizando-o!

E a vítima, se deixar de o ser e, por golpes de sorte ou de espada, conquistar o poder, fará o mesmo ou ainda pior ao que anteriormente a fizera sofrer. Na guerra, ai dos vencidos!

E o lamento é: 

PORQUÊ, Ó HOMEM, NÃO PÕES A RAZÃO EM PRIMEIRO LUGAR E SÓ DEPOIS, AS EMOÇÕES?

Só quando tal acontecer, veremos um Homem a criar uma sociedade justa, equilibrada no seu domínio da Terra, no seu trato social, cada um recebendo conforme contribui para a mesma sociedade, sociedade de que depende - "Homem algum é uma ilha" - indo, aos poucos, criando o Paraíso na Terra para os que vêm à VIDA e aqui vivem os seus "cem" anos que é, para já, o tempo que grande parte pode almejar viver.

Seria um equilíbrio que começaria dentro do próprio indivíduo, alastrando ao seu habitat familiar, depois ao social e ao mundo inteiro.

Vivemos uma época em que o Homem atingiu um patamar nunca pensado de desenvolvimento tecnológico-científico inacreditável. E, em vez de colocar todo esse conhecimento ao serviço da construção de uma humanidade em que as sociedades se autoajudassem, em equilíbrio com todos os seres vivos da Terra, não! Parece fazer exactamente o contrário, deixando-se levar pelas EMOÇÕES.

E é pena! E não se vê luz ao fundo do túnel...

Vai levar talvez milhões de anos a mudança do Homem de paradigma por ser uma mudança genética. Até lá, os que vierem à VIDA terão de viver apenas no desejo de um sonhado PARAÍSO.